terça-feira, 21 de outubro de 2008

Barra da Tijuca e sua fauna - no cinema







Há umas duas semanas, vi o ma-ra-vi-lho-so filme de Fernando Meirelles "Ensaio sobre a cegueira". Já fazia algum tempo que um filme não me impactava tanto. Mas antes de tecer maiores comentários sobre o filme e o livro do Saramago (que já estou devorando...), quero aliviar minha pressão mais uma vez...



Não sou bairrista. Muito pelo contrário. Conheço o Rio de Janeiro TODO e saberia apontar em detalhes os prós e os contras de quase todos os lugares dessa cidade. Mas a Barra da Tijuca realmente me tira do sério. Longe de mim começar um discurso historiadora-marxista-revolucionária. Até porque, quando meu salário de professora me permite, adoro me entregar aos templos do consumo que esse bairro abriga. Dou um olhar de desprezo para a estátua da liberdade do New York City Center (breeeega!) e me entrego aos prazeres do VISA.



O problema é ir ao cinema. Sou uma cinéfila chatérrima! Não consigo pagar quinze contos para ver um filme que não mexa comigo, que não me acrescente nada. Filme-pipocão é para "Sessão da tarde", não para cinema.


Difícil encontrar na Barra um filme que atenda a todos meus pré-requisitos (Saudades do Estação e do Espaço...). Barra Point e Rio Design se salvam. De vez em quando dá para ver alguma coisa no UCI. Mas o problema é o público... Há alguns anos atrás fui ver "Cidade dos Sonhos" do David Lynch no UCI. Lynch, definitivamente, não é para qualquer um. Roteiro totalmente enlouquecido. Quem está acostumado a ver comédia romântica vai odiar, claro! No meio do filme, meia dúzia de patricinhas sem noção começou "Eu estou ooodiaaando esse filme!" "Esse filme não tem pé nem cabeça". E ficaram esbravejando até o final, atrapalhando quem estava curtindo as loucuras do David Lynch.


Segundo episódio. Fui ver Juno. UCI de novo. Embora a temática do filme seja adolescente, o filme não é para aborrescentes. Mas lá estavam eles. Em grupos enormes, o que piora a situação. Ficaram passeando, sim, passeando pelo cinema durante toda a exibição do filme. Não entendo como pagam quinze dinheiros para ficar andando de um lado para o outro dentro de uma sala de cinema.

O terceiro episódio foi com "Ensaio sobre a cegueira". Mas esse fica para o próximo post...

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